segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

JESUS, O VERDADEIRO NATAL, SEMPRE!

Mais um dezembro. Mais uma vez, a cidade toda adornada para as tradicionais festividades natalinas. Bonita? Sim, e muito: uma euforia deluzes pisca-pisca nas ruas, nos edifícios, nas residências; grandes árvores de natal numa competição de brilho e beleza nos "shoppings" e parques, músicas belíssimas, sem contar com oforte apelo comercial para a venda dos artigospróprios desta época do ano e dos presentes.Contudo, ironicamente, nestas comemorações ditas de aniversário do nascimento de Jesus, háum grande ausente, nem sequer notado: o próprio aniversariante. Esvaziado do sentido teológico e de seu cumprimento profético, o Natal deixou há muito tempo de celebrar o nascimento do Salvador e Senhor Jesus Cristo, para inspirar uma espécie de existencialismo, de secularização de um cristianismo de conteúdoprofano, como propugna J. Robinson, em "Uma Nova Reforma", debatendo a teologia da “morte de Deus":(1)Quem são os culpados pelo esvaziamento do conteúdo evangélico do Natal senão aqueles mesmos que, conscientemente, reduziram o cristianismo à tradição, esvaziaram-no do poder do significado do Natal predito desde a queda do homem no Éden, sem cruz, sem Bíblia, sem suamensagem central – a da salvação. Natal clericalizado, hierarquizado, rigidamente pomposo, onde os meios acabaram por se fazer fins em si mesmos. Esses teóricos da teologia e da filosofia optaram, em seus concílios, secundar, escandalosamente, os verdadeiros princípios da hermenêutica bíblica.A Reforma Protestante do séc. XVI significou o despegar o centro hermenêutico de Roma e da Igreja e coloca-lo na Bíblia podendo serdiscernida pelo homem convertido! As igrejas reformadas e outras históricas também falharam.Somos também culpados do Natal sem Jesus!E no que resultou? Dentre alguns inabonáveis males, O NATAL DE JESUS, SEM JESUS! Os céus choram com um natal de comércio, de bebedice e de comilança, que não tem um“parabéns para você, Jesus", nem “parabéns" para os homens deboa vontade que O aceitam como Senhor e Salvador.Convido-os a que, em nosso procedimento nestes dias de dezembro, prevaleça o Natal bíblico sobre o secularizado, o espiritual sobre o material, celebrado como o Natal de que “veio ao mundo buscar e salvar o que se havia perdido”.E, muito felizes, louvaremos a Deus por Jesus ter nascido em Belém, em cumprimento das Escrituras. E também O glorificaremos porque Ele sempre haverá de nascer, em cumprimento à Sua Palavra, nos corações dos que o convidam a entrar qual a poesia do hino natalino: “Vem Jesus, habitar comigo; em minha alma há lugar, vem já”. Amém!
Eli Fernandes de Oliveira 10.12.2007 04:39

sábado, 22 de dezembro de 2007

JOVENS POETAS

Artista : João Alexandre
Música : Contar os Dias

Faz-me Senhor aprender a contar
Todos os dias que vivo
E um coração sábio alcançar.
De alguém que anda contigo.
Gira o ponteiro; tempo a passar
Fogem os minutos e a vida
Tempo que não pode voltar
Águas debaixo da ponte
Que já não movem moinhos.
Enquanto há vida, importa lembrar
Jovem, do teu Criador.
Tudo que tem, compartilhar
Tempo, talentos e o teu vigor.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

MARTIN LUTHER KING

BIOGRAFIA

Martin Luther King nasceu em 15 de janeiro de 1929 em Atlanta na Georgia, filho primogênito de uma família de negros norte-americanos de classe média. Seu pai era pastor batista e sua mãe era professora. Com 19 anos de idade Luther King se tornou pastor batista e mais tarde se formou teólogo no Seminário de Crozer. Também fez pós-graduação na universidade de Boston, onde conheceu Coretta Scott, uma estudante de música com quem se casou. Em seus estudos se dedicou aos temas de filosofia de protesto não violento. Em 1954 tornou-se pastor da Igreja Batista de Montgomery, Alabama. Em 1955, houve um boicote ao transporte da cidade como forma de protesto a um ato discriminatório a uma passageira negra, Luther King como presidente da Associação de Melhoramento de Montgomery, organizou o movimento, que durou um ano, King teve sua casa bombardeada. Foi assim que ele iniciou a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. Em 1957 Luther King ajuda a fundar a Conferência da Liderança Cristã no Sul (SCLC), uma organização de igrejas e sacerdotes negros. King tornou-se o líder da organização, que tinha como objetivo acabar com as leis de segregação por meio de manifestações e boicotes pacíficos. Vai a Índia em 1959 estudar mais sobre as formas de protesto pacífico de Gandhi. No início da década de 1960, King liderou uma série de protestos em diversas idades norte-americanas. Ele organizou manifestações para protestar contra a segregação racial em hotéis, restaurantes e outros lugares públicos. Durante uma manifestação, King foi preso, tendo sido acusado de causar desordem pública. Em 1963 liderou um movimento massivo, "A Marcha para Washington", pelos direitos civis no Alabama, organizando campanhas por eleitores negros, foi um protesto que contou com a participação de mais de 200.000 pessoas que se manifestaram em prol dos direitos civis de todos os cidadãos dos Estados Unidos. A não-violência tornou-se sua maneira de demonstrar resistência. Foi novamente preso diversas vezes. Neste mesmo ano liderou a histórica passeata em Washington onde proferiu seu famoso discurso "I have a dream" ("Eu tenho um sonho"). Em 1964 foi premiado com o Nobel da Paz. Os movimentos continuaram, em 1965 ele liderou uma nova marcha. Uma das conseqüências dessa marcha foi a aprovação da Lei dos Direitos de Voto de 1965 que abolia o uso de exames que visavam impedir a população negra de votar. Em 1967 King uniu-se ao Movimento pela Paz no Vietnam, o que causou um impacto negativo entre os negros. Outros líderes negros não concordaram com esta mudança de prioridades dos direitos civis para o movimento pela paz. Em 4 de abril de 1968 King foi baleado e morto em Memphis, Tenessee, por um branco que foi preso e condenado a 99 anos de prisão. Em 1983, a terceira segunda-feira do mês de janeiro foi decretada feriado nacional em homenagem ao aniversário de Martin Luther King Jr.'s.

ENSINAMENTOS

"Eu tenho um sonho que um dia esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: 'Nós acreditamos que esta verdade seja evidente, que todos os homens são criados iguais.' ... Eu tenho um sonho que um dia minhas quatro crianças viverão em uma nação onde não serão julgadas pela cor de sua pele, mas sim pelo conteúdo de seu caráter." "Temos de enfrentar dificuldades, mas isso não me importa, pois eu estive no alto da montanha. Isso não importa. Eu gostaria de viver bastante, como todo o mundo, mas não estou preocupado com isso agora. Só quero cumprir a vontade de Deus, e ele me deixou subir a montanha. Eu olhei de cima e vi a terra prometida. Talvez eu não chegue lá, mas quero que saibam hoje que nós, como povo, teremos uma terra prometida. Por isso estou feliz esta noite. Nada me preocupa, não temo ninguém. Vi com meus olhos a glória da chegada do Senhor". "Todos os homens são iguais" "O que me preocupa não é o grito dos violentos. É o silêncio dos bons." "Um dia meus filhos viverão numa nação onde não sejam julgados pela cor de sua pela, mas pelo conteúdo do seu caráter". "Por isso estou feliz hoje. Nada me preocupa, não temo ninguém. Vi com meus olhos a chegada do Senhor"

Foram as últimas palavras de Martin Luther King.

"Ele lutou com todas as forças para salvar a sociedade de si mesma".

D. Coretta, esposa de Martin Luther King jr.

A REFORMA PROTESTANTE

INTRODUÇÃO

Ao estudarmos o tema Reforma Protestante, sem dúvida alguma nos defrontaremos com um dos maiores movimentos transformadores de todos os tempos, um período divisor , onde o monopólio da fé é quebrado e a acessibilidade à Palavra de Deus é restituída, onde homens na busca da verdade, encontrando-a, doaram suas vidas pelo propósito de compartilhá-la a fim de se restaurar o que se havia perdido ao decorrer da história. Temos como base a explanação dos principais movimentos reformistas, como: o luterano, o zwingliano, anglicano, de onde a maioria das igrejas históricas surgiram, como a Igreja Luterana, Presbiteriana, Igreja Batista e Metodista.
A Reforma Protestante é um tema importante por se tratar da raiz refletida hoje através do movimento evangélico mundial, sendo parte integrantes de nossos ministérios quando retratamos o aspecto da liberdade da pregação do Evangelho que temos hoje e o acesso ao mesmo. Estudar o passado nos conduz a uma melhor compreensão do presente em que vivemos

1.0. OS ANTECEDENTES DA REFORMA

Desde o Renascimento do Sacro-Império Romano, por Otão I, em 962, os papas e os imperadores envolveram-se em uma contínua luta pelo absolutismo e pelo poder. A maioria destes conflitos resultaram em vitórias do papado, mas se criou um antagonismo entre Roma e o Império Germânico, o qual aumentou expressivamente movido por um sentimento nacionalista na Alemanha durante os séculos XIV e XV. Surge uma oposição contra as imposições do clero que se manifestou também em outros países da Europa.
Um outro fator foi a quebra do conceito do Estado Universal, que foi cedendo lugar ao conceito da Nação-Estado. A economia comercial tomou o lugar da feudal, isso teve um impacto social que mudou o estilo de vida das pessoas, formando grupos economicamente fortes denominado burguesia.
Com o surgimento do Renascimento, houve muitas mudanças e transformações intelectuais, principalmente culturais e artísticas, das quais muitas se posicionavam como forma de expressão popular.
A corrupção, a hipocrisia, a ignorância e superstições das ordens dos mendicantes, a própria ambição papal, todas essas mudanças afetavam direta ou indiretamente a Igreja Católica Romana, e propiciava apoio ao desenvolvimento do protestantismo.

1.1. OS PRÉ-REFORMADORES

Eles atuaram num momento da Igreja Católica conhecido como a fase da “Igreja Deformada”, por causa da influência dos pré-reformadores. Eles foram intelectuais que manifestaram todos os seus conceitos e insatisfações por não encontrarem espaço na Igreja Romana para exercitar sua fé, ou seja, seu entendimento da Verdade.
Essas manifestações a princípio não tinham por objetivo criar uma nova Igreja, mas sim uma Igreja voltada para a Palavra de Deus.
Inicialmente, a ação dos pré-reformadores foi uma ação interna, ou seja, um movimento interno. Tal movimento passou a ser uma manifestação popular que num segundo momento foi incorporado à erudição dos intelectuais como John Wycliff, John Huss, Jerônimo Savanarola e William Tyndale.

1.1.1. JOHN WYCLIFF (1328-1384)

Pregador e reformador inglês, era a favor da Bíblia como suprema autoridade e não o poder do clero representado como o papa. Foi professor em Oxford e primeiro tradutor do Novo Testamento em Inglês de forma integral.
Era contra a venda das indulgências, contra as ordens religiosas (Mendicantes, etc.), não acreditava na transubstânciação. Wycliff tinha uma visão de que o Estado poderia intervir no poder de uma Igreja corrompida, acreditava ser Cristo a autoridade máxima e chefe da Igreja e não o papa.
Wycliff preocupava-se em espalhar a Bíblia, a fim de que a Verdade florescesse no coração dos ingleses, para isso, contou com a ajuda de seus amigos, como os irmãos Lollardos, muitos desses amigos eram estudantes em Oxford que se submeteram a uma vida de luta e de dificuldades a fim de que os manuscritos traduzidos por Wycliff percorressem a Inglaterra.
Wycliff morreu em 1384, anos depois foi condenado como herege pelo concílio de Constança, sendo seus restos mortais exumados e queimados.

1.1.2. JOHN HUSS (1373-1415).

Reformador checo, foi reitor na Universidade de Praga, na Boêmia. Pregava a Bíblia com autoridade, seu ministério foi diretamente influenciado por John Wycliff, tendo suas idéias consideradas heréticas, tal situação fez com que John Huss comparecesse ao concílio de Constança para sua defesa.
O movimento reformador na Boêmia teve apoio dos reis que queria limitar o poder da hierarquia eclesiástica e o abuso de poder da Igreja. Huss era movido por um sentimento sincero de libertação do dogmatismo, tema de suas pregações, que foram associadas a John Wycliff, promovendo assim sua proibição de pregar nas Igrejas, a qual Huss não acatou, como também à convocação do papa. Tal desacato fez com que o papa o excomungasse.
Era contra as vendas de indulgências, teve que deixar Praga e se refugiou ao sul da Boêmia, onde trabalhou em prol da reforma escrevendo obras direcionadas ao combate da sistemática católica. Foi convocado pelo Concílio de Constança, para exercer sua defesa pessoal, chegando lá, foi tratado como herege mesmo possuindo um salvo-conduto do Imperador Sigismundo e certificado do Inquisidor da Boêmia, declarando sua inocência. Huss permanecer firme perante o concílio, a fim de não prejudicar seus seguidores; foi preso e posteriormente levado à fogueira, sendo humilhado e tendo seus livros queimados pelo caminho. Huss em sua última oração disse:

“Senhor Jesus, por ti sofro com paciência esta morte cruel. Rogo-te misericórdia por meus inimigos.”[1]
(John Huss)

1.1.3. JERÔNIMO SAVANAROLA (1452-1498).

Savanarola teve uma ação mais moderada, nascido em Florença – Itália, pregava para grandes multidões e combatia a sensualidade e o pecado e os vícios do papa. Embora a cidade tenha passado por uma reforma, o papa Alexandre VI se opôs a Savanarola procurando suborná-lo através de patentes clericais.
Foi enforcado e queimado na grande praça de Florença, seu crime foi ensinar o fervor verdadeiro diante de uma sociedade corrompida.

1.1.4. WILLIAM TYNDALE (1494-1536)

Inglês, graduado pela Universidade de Oxford em 1515, estudou as Escrituras no hebraico e no grego, assumiu em sua vida a incumbência de Deus em traduzir a Bíblia integralmente para o inglês, para que todo o povo tivesse acesso à mesma, desde o camponês até aos da Corte Real, compreendendo as Escrituras em sua própria língua.
Dentro do seu propósito, Tyndale prontamente se opunha a uma regra absolutista católica, onde o clero acreditava (claro que em defesa de seus próprio interesses) que qualquer pessoa leiga não deveria ter acesso à Bíblia, pois julgavam que não poderiam compreender a Sagrada Letra.

Tyndale, em 1523, partiu para Londres buscando um lugar para iniciar seus projetos, porém não foi recebido pelo bispo de Londres, encontrando apoio em um comerciante de tecidos, chamado Humphrey Munmouth, que naquele momento lhe deu apoio necessário. Em 1524, devido a perseguição que sofreu pela Igreja Católica teve que deixar a Inglaterra e partir para a Alemanha, onde daria continuidade a seu trabalho.
A proibição da leitura da Bíblia agravou-se de tal maneira que se uma criança recitasse a oração do “Pai Nosso” em inglês, toda sua família era condenada a ser queimada na estaca.
William Tyndale concluía a tradução do Novo Testamento em 1525, onde mais de 15 mil cópias em seis edições foram impressas pela proteção de Thomas Cromwell, vice regente do rei Henrique VIII, e contrabandeadas por comerciantes para a Inglaterra entre 1525 e 1530.
A Igreja Católica Romana não conseguiu impedir que as Bíblias chegassem até o povo devido ao grande número em que elas entravam na Inglaterra.
Em 1535, Tyndale começou a tradução do Antigo Testamento, porém não pôde concluí-la, pois no dia 06 de outubro de 1536 foi estrangulado e, em seguida, queimado na estaca. Em um ato público, suas última palavras foram:

“Senhor, abre os olhos do rei da Inglaterra”.[2]
(William Tyndale)

1.2. A TECNOLOGIA E A REFORMA PROTESTANTE

Uma alavanca da reforma protestante foi a contribuição do Alemão Johann Gutenberg (1397-1468), que inventou a tipografia, a qual era chamada de “Arte Da Escrita Artificial”. Ele desenvolveu os moldes tipográficos ajustáveis, onde as letras feitas de uma liga de estanho e chumbo, eram organizadas em uma espécie de estojo, de acordo com o texto que gostaria de se escrever em cada página. Posteriormente, este estojo funcionava como uma espécie de carimbo, para marcar os textos no papel ou pergaminho.
A primeira obra a ser impressa por Gutenberg foi a edição da Bíblia segundo a vulgata latina de Jerônimo Savanarola e foi publicada em Mogurcia, entre 1450 e 1456.
A invenção de Gutenberg cresceu no meio gráfico da Alemanha e depois levada para a Itália (1467), França (1470) e Espanha (1474).
Esta invenção promoveu um impacto no ritmo da produção de Bíblias e obras importantes para o desenvolvimento da Reforma Protestante.

1.3. O ESTOPIM DA REFORMA

O início do conflito se dá quando, em 1517, Martinho Lutero, monge augustiniano alemão, rompe com o papa Leão X por ocasião da venda de indulgências que estava ocorrendo na Alemanha.

Tetzel, um padre dominicano, pregava sobre as indulgências da seguinte forma:

“Cada vez que uma moeda cai na bolsa do frade, uma alma sai do purgatório”.

O objetivo da coleta financeira arrecadada com a venda de indulgências era a construção da Basílica de São Pedro, em Roma.
Então, Lutero resolve protestar, fixando as 95 teses que condenava o uso das indulgências, foi chamado a se explicar na dieta de Worms, onde permaneceu-se firme em suas teses. Em 1529, na dieta de Spira, os cristãos reformistas foram chamados de “protestantes” pela primeira vez, devido ao protesto que os príncipes alemães fizeram ante ao autoritarismo do catolicismo.
Paralelamente às ações reformistas da Alemanha haviam outras acontecendo em outras regiões da Europa, como em Zurich, sob o comando de Zwinglio, na França, sob a liderança de Calvino, nos países baixos, etc.
O movimento da Reforma Protestante começava a crescer e se fortalecer:

“Que nova santidade de Deus e do papa é esta que consente a um ímpio e inimigo resgatar uma alma piedosa e agradável a Deus por amor ao dinheiro e não livra esta mesma alma piedosa e amada por Deus do seu tormento por amor espontâneo e sem paga?”.[3]
(84ª tese de Martinho Lutero)

2.0. A REFORMA NA ALEMANHA

A Reforma na Alemanha teve início de forma direta, com a publicação das “95 teses de Lutero”, onde se confrontou diretamente com a influência do governo humano na fé do povo alemão. Além das teses, várias outras razões podem ser apontadas para o movimento. Como as críticas feitas pelos humanistas alemães em seus livros, como o elogio à loucura, a proposta da necessidade de um cristianismo verdadeiro e de uma prática real da imitação de Cristo.
Os abusos do papado contra o Estado Alemão, cuja classe média estava sujeita pela hierarquia, o nacionalismo e o ressentimento contra o escoamento da riqueza da Alemanha criaram uma atmosfera favorável a qualquer movimento que significasse a revolta contra Roma. A principal questão, porém, era: “como posso ser servo?”. Tal resposta foi dada por Deus a Lutero, onde guiado pelo Espírito de Deus entendeu o verdadeiro Evangelho ao ler o texto de Romanos 1:17: “O justo viverá pela fé”. Entendeu que o perdão e a vida eterna não são conquistados pelo homem mediante a boas obras ou pelo dinheiro, mas sim são dados gratuitamente por meio da fé em Cristo Jesus. Após a fixação de suas 95 teses na porta da Igreja Wittenberg, em 1517, o pensamento luterano tomou proporções mundiais, e em 1520, foi excomungado pelo papa. Lutero, no mesmo ano, queimou a Bula de Excomunhão em praça pública. Tal acontecimento quebrou a unidade da Igreja Ocidental e iniciou um período de guerras que opuseram ao Imperador Carlos V e alguns príncipes da Alemanha, com a condenação de Lutero na dieta de Worms, houve uma divisão na Alemanha criando uma fronteira onde num dos lados estavam os que apoiavam o luteranismo como os principais do norte da Alemanha; o baixo clero; os burgueses e as largas camadas de camponeses, que viam nesta situação a condição de se quebrar o absolutismo papal dentro da sociedade alemã e no outro lado estavam os tradicionalistas, incluindo o imperador e o alto clero, suportados pela Igreja Católica Romana.
Paulatinamente surgiam guerras civis e religiosas mediante a divisão do Estado Alemão, este período só termina com o tratado da Paz de Augsburgo, em 1555, onde cada governador dos estados alemães, que formavam cerca de 300 estados, optaria entre o Catolicismo Romano e o Luteranismo e subordinou a opção religiosa à autoridade do príncipe.
O Luteranismo teve a preferência de, aproximadamente, metade da população alemã, tal condição o levou ao reconhecimento de forma oficial, quebrando na Europa ocidental a suprema autoridade pontifícia.

“Muitos tem crido que a fé cristã é uma coisa simples e fácil, e até têm chegado a contá-la entre as virtudes. Isso ocorre porque não a tem experimentado de verdade, nem tem provado a grande força que existe na fé.”[4]
(Martinho Lutero)

Os ideais alcançados por Lutero foram testemunho de sua fé.

3.0. A REFORMA NA SUÍÇA

O movimento reformista suíço foi um movimento contemporâneo da Reforma da Alemanha, tal movimento foi conduzido pelo Pr. Huldreich Zwinglio, que desenvolveu um programam de reforma religiosa, intelectual e política, misturando o humanismo e o nacionalismo.
A Suíça era o território mais livre da Europa no período da Reforma. Em 1291, o conceito de nação-estado já existia na Suíça, representado pelos cantões, que eram regiões livres que formavam uma união federal em que cada um ia se desenvolvendo livremente como república autogovernada, a exemplo dos cantões de Schwyz, Uri e Unterwalden e outros, que, ao todo, formavam 13, na ocasião da reforma.
Como cada cantão tinha o encargo de seus próprios negócios locais, e por possuir autonomia governamental, eles eram livres para aceitar a religião que quisessem, por este motivo, a reforma na Suíça foi acompanhada de dispositivos legais estabelecidos pelos governos locais que eram democraticamente eleitos.
Zwinglio sofreu grande influência do ensinamento escrito de Erasmus de Rotterdam, que protegia idéias liberais para a Igreja, tais escritos conduziram Zwinglio da teologia escolástica à Bíblia.
A democracia na Suíça era de interesse estratégico para o papado, devido à utilização dos suíços em ações mercenárias para o preenchimento do contigente dos exércitos organizados pelo clero romano. Zwinglio passou a despertar suas tendências patrióticas se opondo ao trabalho mercenário por parte dos jovens suíços, porém abrindo algumas exceções, quando tais serviços eram direcionadas pelo papa.
Entre 1516-1518, Zwinglio serviu como pastor em Einsiedeln, quando começou a se opor a alguns abusos da Igreja Católica Romana referente a venda de indulgências e a imagem negra da virgem Maria. A partir deste período, Zwinglio se opôs incondicionalmente ao serviço mercenário suíço. Ficava claro em Zwinglio os traços de um humanista bíblico na ocasião de sua saída do pastorado de Einsiedeln.
Quando em 1519, uma epidemia da peste bubônica e o contato com as idéias reformadoras luteranas, fizeram com que Zwinglio experimentasse a conversão. Tal fato fez com que Zwinglio levantasse a primeira bandeira da Reforma Suíça, quando declarou que os dízimos pagos pelos fiéis não eram exigência divina, mas sim um ato de voluntariedade mediante a disposição do coração. A questão levantada por Zwinglio causou um impacto na organização financeira do sistema romano.
O ensino de Zwinglio sobre a autoridade exclusiva da Bíblia, implacou na Suíça, se tornando uma ferramenta popular contra práticas católicas. Conflitados com este ensino, as autoridades da Igreja Católica Romana resolveram promover um debate público em que Zwinglio enfrentaria a todos para que posteriormente os líderes da cidade de Zurich e do Cantão escolhessem sua regra de fé.
Para tal debate, Zwinglio preparou 67 artigos, onde insistia na salvação pela fé, na supremacia de Cristo na autoridade bíblica e o direito dos sacerdotes ao casamento. Zwinglio sagrou-se vitorioso pelo concílio da cidade de Zurich e a Reforma foi estabelecida de forma oficial nos cantões do norte da Suíça. A exemplo do debate promovido em Zurich, outros aconteceram como em Berna (1528), onde os princípios da reforma foram aceitos e a influência dos ensinamentos de Zwinglio continuou a crescer.
Em 1529. Zwinglio perde o apoio de Lutero no Colégio de Marburg, depois de não concordarem sobre a natureza da presença de Cristo na Ceia, a partir daí, o zwinglianismo prosseguiu, então, separado do luteranismo, frustrando a expectativa de Felipe de Hans em se criar um consenso.
O papa, por estratégia, movido pelo temor de perder a ajuda dos mercenários suíços, não havia intervido diretamente nos acontecimentos, porém os velhos cantões rurais que eram fiéis ao papa resolveram se organizar e fundaram em 1529 a União Cristã dos Cantões Católicos, instaurando assim uma guerra entre Cantões Católicos e Cantões Protestantes, que só findou com a trégua de Cappel, onde cada cantão escolheria sua religião oficial pela maioria do povo. Em 1531, Zwinglio tentou conquistar Genebra e outra guerra foi instaurada. Zwinglio se juntou aos soldados como capelão, morrendo em batalha. O resultado desta batalha foi que cada cantão recebeu o controle total de seus negócios e Zurich entrou em aliança com a Liga Cristã dos Cantões Reformados. Zwinglio foi substituído por Heinrich Bullinger, que não promoveu grandes mudanças, onde posteriormente o zwinglianismo se uniria a um novo movimento reformista suíço: o calvinismo.

3.1. O MOVIMENTO REFORMISTA RADICAL ANABATISTA.

O movimento anabatista foi, inicialmente, ligado ao movimento zwingliano no norte da Suíça. Em 1522, Zwinglio sofreu oposição de alguns de seus seguidores em relação a não fundamentação do batismo de crianças na Bíblia, pois acreditavam que a criança não podia discernir sua fé. Zwinglio afastou-se deste fundamento de ação e a própria insistência de Zwinglio na Bíblia como fundamento de ação fortaleceu a opinião do movimento a princípio camponês chamado anabatista, que insistiam também a respeito do rebatismo de adultos convertidos. Tem como fundador do movimento anabatista o suíço Conrad Grebel (1498-1526), juntamente com seu auxiliar Geroge Blaurock que romperam com Zwinglio no Conselho de Zurich em 1525, onde o movimento anabatista foi condenado.
Inicialmente, Zwinglio usava a técnica do debate para contê-los, mas havia um antagonismo aos princípios zwinglianos por parte do movimento anabatista, no que se referia ao envolvimento da Igreja com o Estado este fator era preocupante para as pretensões de Zwinglio em relação à Reforma, juntamente com o não batismo de crianças, que sempre estiveram ligados ao controle populacional, mesmo na época do domínio católico e pelo fato dos anabatistas considerarem o batismo de adultos um sinal de aliança, visto por Zwinglio como heresia. Porém, Zwinglio não conseguiu mais contê-los pelo diálogo, foi quando adotou medida severa contra o movimento anabatista, sob forma de multas e exílio e até a condenação à morte por enforcamento.
Porém, a postura do Estado de Zurich surtiu efeitos só em seu domínio regional, pois devido às suas medidas, houve uma expansão do movimento anabatista, promovido pela imigração, se ramificando e seguindo linhas diferentes.

Os anabatistas foram importantes para o desenvolvimento da tolerância religiosa, pela liberdade de expressão da fé do povo e para promover a separação entre a Igreja e o Estado.

3.2. A CONTRIBUIÇÃO CALVINISTA

Após a geração de Lutero e Zwinglio, surge a figura de João Calvino (1509-1564), um teólogo protestante francês que, após seu período de exílio em Estrasburgo (1538-1541), imigraria para Genebra para se tornar um grande líder da Igreja reformadora suíça.
Calvino foi importante, pois sistematizou a fé reformada, ou seja, criou um sistema de teologia que exprimia uma organização eclesiástica e contrastou com a teologia luterana pontos importantes como a Ceia do Senhor e a Salvação, onde defendia a dupla eleição para a condenação e para a salvação, etc.
Foi responsável pelo avanço da Reforma em todos os cantões franceses da Suíça, particularmente influenciou movimentos na França, Holanda e Escócia, também formou alicerce para o movimento puritano na Inglaterra e na América do Norte.
Calvino escreveu obras como: A Instituição da Religião Cristã, e o Corpus Reformatorum com mais de 2000 de seus Sermões. Sua literatura impressa em Genebra inundou a Europa por meio do mercado livre, sendo vendidas clandestinamente . Ele incentivou a educação elementar para encorajar o povo à leitura bíblica, fator que vejo como resultado de um regime de controle popular rígido que gerava em Calvino a necessidade de ensinar o povo a fim de ampliar seu entendimento não só pessoal, mas do regime por ele adotado. Em 1559, fundou a Universidade de Genebra, que se tornou famosa pela formação de pastores e professores. Calvino organizou expressivamente o pensamento protestante num claro e lógico sistema.
Em 1564, morre Calvino, assumindo em seu lugar Teodoro Beza (1519-1605), dando continuidade aos trabalhos em Genebra.

4.0. A REFORMA NA INGLATERRA

Sem um líder religioso como Calvino ou Lutero, a Reforma Anglicana foi controlada pelo rei, que posteriormente se tornou chefe da Igreja nacional. Por tal razão, ela começou como um movimento político, por motivo da anulação do casamento de Henrique VIII com Catarina de Aragão. O papa não permitiu a anulação, uma vez que Catarina era uma das filhas dos Reis Católicos e marcava a amizade entre a Inglaterra e a Espanha. Tal anulação promoveu o desgaste da relação entre Henrique VIII e o rei da Inglaterra com Carlos V, rei da Espanha e Imperador da Alemanha e sobrinho de Catarina.
Para a anulação do casamento, Henrique VIII teve que promover uma ação conjunta com o Parlamento inglês, transferindo para a coroa a jurisdição eclesiástica previamente exercida pelo poder máximo da Igreja Católica Romana, o papa.
Tal rompimento era interessante para a coroa inglesa, uma vez que os impostos papais levavam muito dinheiro inglês para Roma e as cortes eclesiásticas. Diferente do poder estatal da Alemanha e Suíça que se subdividia, o poder do Estado inglês era forte e centralizado, onde o rei tinha o apoio da classe média em prol do bem estar do país. Embora os motivos pessoais de Henrique VIII tenham sido determinantes na Reforma da Inglaterra, não podemos deixar de citar o fator intelectual dos humanistas da Bíblia, como John Colets (1466-1519), da Universidade de Oxford e a ação de William Tyndale que colocou as escrituras na mão do povo inglês.
Em 1534, através do Ato de Supremacia, a separação foi oficialmente tomada. Tal ato declarava que o rei era o único chefe supremo da terra, da Igreja e da Inglaterra. No mesmo ano, o Parlamento aprovou o Ato de Sucessão pelo qual o trono seria ocupado pelos filhos de Henrique. O povo era obrigado a obedecer a declaração do Ato de Supremacia, foi quando o humanista Thomas More recusou-se a fazê-lo porque ele acreditava não ser o rei a cabeça da Igreja, e sim Cristo, do qual ele era servo .
Thomas More foi executado em 1535, passando Henrique VIII a ser o chefe da Igreja.
Henrique então emplaca o confisco dos bens da Igreja Romana, trazendo para si parte das propriedades e o restante vendendo e dando à classe média, a fim de conquistar sua apreciação.
A reforma religiosa e teológica da Inglaterra só teve início após a morte de Henrique VIII, que mantinha a sistemática e a prática católica apenas com poucas aberturas ao movimento protestante. Através do Ato de Sucessão, assume Eduardo VI, filho do terceiro casamento de Henrique com Jane Seymour. Eduardo só tinha nove anos quando ascendeu ao trono, por este motivo, Duque de Somerset, irmão de Jane, foi indicado como regente. Ele simpatizava com o protestantismo e com a liberdade religiosa, fator que favoreceu a ação da reforma na Inglaterra, período em que muitos exilados por questões religiosas voltavam para o país, trazendo idéias teológicas zwinglianas e calvinistas. O duque de Northumberland, que continuou o processo reformista, por lhe parecer conveniente, onde a posição zwingliana da ceia memorial do Senhor fortaleceu dentro da Inglaterra confrontando as idéias católicas e luteranas. Porém, o reinado de Eduardo durou pouco, cerca de três anos, devido a seus problemas de saúde, assumindo por poucos meses Lady Jane, devido ao retorno de Maria Tudor, filha de Henrique VIII, com a sua primeira esposa, Catarina de Aragão. Assim que Maria Tudor assume a coroa inglesa, ela manda decapitar Jane Seymour, ela via o movimento reformador como uma afronta e objeto de sua juventude, devido a acusação de ser ela filha ilegítima. A partir desses fatos, Maria Tudor passa a arquitetar a restauração da velha fé, ou seja, o catolicismo romano. Porém, ela sabia que era necessário ter absoluta cautela para tal restauração, buscando consolidar –se através do casamento com Felipe da Espanha. Tão logo se sentiu segura sobre o trono, começou a tomar uma série de medidas repressivas contra o protestantismo.
Em 1554, a Inglaterra regressou oficialmente a obediência do papa, onde todo o tradicionalismo doutrinário católico voltou a ser a regra da fé do povo. Todos os que se opunham à decisão da coroa e do papado eram queimados vivos ou morriam no cárcere ou eram exiladas. Em 1558, Maria Tudor morre, assume em seu lugar Isabel I, filha do segundo casamento de Henrique VIII com Ana Bolena, morta sob a acusação de adultério.
No reinado de Isabel I (1558-1603), estabeleceu-se a Igreja Anglicana, que representava o compromisso entre a doutrina calvinista e a Liturgia Católica. Pelo Ato de Supremacia, votado novamente em 1559, Isabel I, detinha a autoridade em matéria eclesiástica. Isabel tinha uma posição protestante moderada, foi quando num Ato de Uniformidade, em 1562, ela impunha a Lei dos 39 artigos, as quais não tomaram vias contrárias ao protestantismo, mas tentou produzir uma “via média” da qual pudessem participar todos, menos os católicos recalcitrantes e os protestantes radicais.
Porém, o perfil adotado era muito próximo a linha de pensamento e do perfil calvinista.

5.0. AS CONSEQÜÊNCIAS DA REFORMA

A reforma teve grandes e consistentes resultados na Europa, de forma geral, promoveu uma avanço expressivo no aspecto social, marcando um período de transição, onde o poder, a riqueza da nobreza feudal e a hierarquia, juntamente com o sistema absolutista da Igreja Católica romana foram transferidos para grupos sociais novos, os quais tiveram grande ascensão. Vária regiões da Europa conseguiram independência política, religiosa e cultural.
No campo político, pelo fator de ruptura do poder político do papado e o fortalecimento do pode monárquico no campo econômico, houve uma expansão das práticas capitalistas devido a determinadas teorias protestantes, como o princípio calvinista, que acreditava que um cidadão mostrava sua aptidão para a Salvação obedecendo as leis e sendo trabalhador, sóbrio e econômico. No campo cultural houve a expansão da educação popular e a negação do racionalismo devido ao retrocesso científico ocasionado pela extrema importância atribuída à Bíblia e seus fundamentos. No campo religioso houve o rompimento da Unidade Cristã e da intolerância religiosa por parte da Igreja Católica Romana, fazendo com que a religião deixasse de ser monopólio de uma minoria clerical privilegiada e passasse a ser uma expressão mais direta das crenças populares.
A Reforma foi um movimento de libertação popular dos abusos e arbitrariedades que eram cometidas em nome do poder, o qual se encontrava apenas nas mãos de alguns, os quais manipulavam o povo de acordo com seus interesses pessoais.

6.0. A MAIOR CONQUISTA DA REFORMA.

Sem dúvida nenhuma a maior conquista da Reforma Protestante foi a libertação da Palavra de Deus de homens manipuladores que se intitulavam como semideuses, Com a Reforma, a Sagrada Escritura rompeu fronteiras e saiu das mãos da maioria para ser acessível a camadas populares e seus dialetos de origem, podendo então difundir-se nas vidas, promovendo libertação e atributos morais no meio do povo.
Abriu um espaço maior para os tradutores, dos quais citaremos João Ferreira de Almeida (1628-1691), português, residente na Holanda, filho de pais católicos que , aos 14 anos, em 1642, aceitou a fé evangélica na Igreja Reformada Holandesa, depois de Ter um folheto espanhol “Diferenciais de la Cristandad”, falando sobre as diferenças entre as diversas correntes da crença cristã. João Ferreira de Almeida, com o seu trabalho, pôde dar aos povos de fala portuguesa a versão mais difundida e aceita entre os povos. Mesmo no momento em que ainda a Igreja Católica Romana lutava contra a divulgação da Sagrada Escritura. Seu papel foi fundamental aos povos de fala portuguesa, inclusive para nós, brasileiros.

CONCLUSÃO

O estudo a respeito da Reforma Protestante faz com que se evidencie a ação de Deus como Senhor da História. Fica claro os propósitos de Deus na vida dos reformadores e seus antecessores que foram tomados por um sentimento de indignação em relação à manipulação da fé do povo.
Este sentimento de indignação gerou na vida desses homens, como Lutero, Zwinglio, Calvino, Tyndale, etc., uma incumbência: a de serem agentes transformadores de um regime que marcava a fé, destruindo a liberdade de escolha pela omissão da verdade.
Muitos dos países onde o protestantismo cresceu, onde os Evangelhos conquistaram o povo, hoje vivem afastados da própria Palavra de Deus, pela qual ao longo da História homens tem dado suas vidas por amor a Ela. A força da incumbência dos reformadores, volta a ser, para nós, um referencial, em dias atuais, pois muitos tem se afastado de suas incumbências direcionadas por Deus e se afastando da fé que moveu e vem movendo homens a lutar pela Verdade, As proibições hoje não são mais em relação à Palavra e sim o não entendimento do poder que Ela possui, que nos leva a refletir sobre as posições de muitos líderes das Igrejas hoje, os quais poderiam facilmente ser combatidos com as próprias teses de Lutero, contra a manipulação da fé dos humildes.
No meio da Igreja , falo agora da brasileira, existem muitos líderes que tem suas vozes abafadas, que necessitam buscar exemplos como dado pelos reformadores para lutar pela Palavra de Deus, que por muitos está sendo manipulada.
Os reformadores morreram e os ideais continuaram, pois eram o de Deus para transformação do mundo, no intuito do cumprimento do seu propósito redentor.Compreender a história da Reforma Protestante, sem dúvida nenhuma nos conduz à valorização da nossa liberdade de expressão hoje.
[1] OS ESFORÇOS e sofrimentos dos pré-reformadores, Defesa da Fé, SP, pg. 31, nº 57, Dez/2002
[2] Ibid, pg.32
[3] BETTENSON, H. - Documentos da Igreja Cristã, pg. 290.
[4] GONZÁLEZ, Justo L. - A Era dos Reformadores, pg.43.
Fabio Alexandre Dias

domingo, 16 de dezembro de 2007

POR ONDE ANDEI?

Quantas faces se reflete em um espelho quebrado ?
Quantas são as partes de um coração assim?
Qual é o verdadeiro reflexo do que somos?
Qual será a minha melhor parte?
O que farei eu para que meu rosto seja refletido com clareza?
Será que terei eu de colar as partes do meu coração ?
Que dúvida é esta ?
Meu coração ainda permanece dividido.
Quem compraria algo assim deste tipo?
Que loucura é esta!
Alguém se interessou por mim.
E Ele vem me ensinando:" passe cola aqui, assim"...
Aos poucos as partes foram coladas.
As várias faces centradas.
O meu coração por completo restaurado.
Aprendi valorizar aquele que me valorizou
E a Ele só tenho à agradecer .
Obrigado Jesus Cristo , meu Salvador.

Fabio Alexandre Dias